17 de ago. de 2012

Dexterz, de Junior Lima, prepara primeiro EP

O site da revista Rolling Stone publicou, hoje, uma matéria bem legal com os meninos da Dexterz, onde eles falam sobre o EP que estão preparando.

O trio que mistura eletrônico, percussão e música clássica fala sobre os shows e do trabalho que chegará ao mercado



Poucas coisas conquistam a atenção dos loucos por novidades musicais como misturas ousadas de estilo. Quanto mais inusitado o mash-up, mais curioso o resultado. Esse é o caso, pelo menos, do Dexterz. O trio, formado em 2010, conta com Junior Lima, Amon Lima e o DJ Julio Torres e junta a área de especialidade de cada um: percussão, estilo clássico e eletrônico, respectivamente. Essa alquimia virou um house bastante autoral que figurará no primeiro EP do grupo – atualmente sendo preparado.
Tudo começou com uma parceria entre Julio e Amon, o Crossover, que, conforme o nome indica, já tinha essa proposta de somar os campos de atuação de cada um. “Fui ver uma apresentação e curti muito”, conta Junior. "Tive uma serie de idéias. Quando acabou, fui falar com eles, dei um monte de sugestões e marcamos de eu fazer uma participação pela diversão”, conta. Depois disso, ele deu mais algumas canjas e começaram a pedir para contratar “o Crossover com o Junior”. Assim, a dupla virou um trio. “Comecei a ter outra visão da música eletrônica, antes só tinha contato como público, com as coisas mais comerciais”, relembra o músico, que deu início a vida artística tendo como referência a carreira sertaneja do pai e do tio e hoje já passou por muitos ritmos e estilos.
“Nossa primeira experiência foi em uma escola de DJs, foi legal e o projeto foi rolando naturalmente. Não teve nem ensaio, a gente já começou tocando direto”, lembra Amon, que define seu papel no grupo como o de uma espécie de MC.
“É o MC quem improvisa muito, cria rimas, dá uma agitada na galera. Eu faço isso com o violino. Por ser um projeto completamente livre, a gente não sabe como o show vai começar ou terminar, tenho liberdade total de criar e sentir qual atmosfera devo criar. Também funciona como um grupo de jazz, com oportunidade para criar o tempo todo. Consigo conversar com as pessoas tocando”, define ele, que é multitarefas e se divide entre vários projetos, apesar do trio ser a atual menina dos olhos. “Estou bem focado e bem feliz com os projetos de música eletrônica, tanto o Crossover, como o Dexterz. E esse foi o ano do Dexterz mesmo”, conta.
O nome vem de duas idéias, segundo Julio. Da palavra destreza e do desenho O Laboratório de Dexter, fazendo jus ao caráter experimental da coisa toda, que se faz presente a cada apresentação. “É tudo improvisado”, garante Junior. “A única coisa que sai menos improvisada é música que já tocamos muitas vezes, aquelas preferidas, que acabam virando um padrão. Ainda assim, nunca é cem por centro igual, o show é todo livre, não sabemos nem qual vai ser a primeira música. Essa liberdade é uma grande conquista para os músicos. Cada dia que passa, afinamos mais a sintonia entre a gente, nem precisamos nos olhar para saber a hora que um vai começar ou o outro vai parar, mesmo sendo algo que a gente nunca tocou.”
O próximo passo é colocar material no mercado, já que a agenda de shows está cheia. Neste fim de semana, fazem show no interior paulista e no Rio de Janeiro. Recentemente, o grupo voltou de uma apresentação nos Estados Unidos. “A gente deve lançar um EP com umas cinco músicas, está todo mundo cobrando muito para sair música nossa. Para não demorar muito, vamos lançar primeiro um EP”, explica Junior.
Vindos de duas famílias bastantes musicais, Junior e Amon já pensam nas possibilidades de incluir os parentes do line-up. Sobre misturar a Família Lima ao Dexterz, criando o suprassumo dos extremos musicais, Amon diz: “Com certeza rolaria! A gente já tem um pré-ensaio de algumas coisas. O Lucas tem participado de algumas coisas. É natural que as coisas evoluam para isso em algum momento, agora é questão de esperar o momento certo, a ocasião certa.” Enquanto isso, Junior reflete sobre a possibilidade de Sandy, que já participou de uma música do Crossover, se juntar a ele. “Nesse EP não vai rolar. Mas quem sabe? A parceria é eterna, é minha irmã, afinal. E uma grande cantora.”, diz. “É impossível ver um e não lembrar do outro, foram 17 anos juntos e foi algo muito forte.”

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